"O bom pagador é dono da bolsa alheia"

A interpretação da frase acima pode ser feita com base nos acontecimentos que observamos quase todos os dias: a vontade quase incontrolável, de alguns, de ganhar dinheiro. Um dos conselhos dados quando não se quer adquirir dívidas é: não pedir dinheiro emprestado, e se pedir, pagar até o prazo prometido. Por isso a frase acima diz que o bom pagador é o dono da bolsa alheia, pois o indivíduo pode chegar a ser bom pagador com um dinheiro que não é seu, no caso, o dinheiro da "bolsa alheia", ou seja, um amigo, um parente, alguém que venha a emprestar dinheiro a este indivíduo.

Entender a sociedade não é uma tarefa simples...

Foi por isso que surgiu a Sociologia, uma ciência criada a partir das ideias de Augusto Comte, pensador francês do final do século XIX. Essa ciência procura escutar o ser humano nas suas diversas formas de associação e de organização. Com o desenvolvimento do capitalismo e da industrialização inicia uma nova era de extrema racionalidade, de sistematização das ações humanas. Mudanças que refletem na arte, na cultura, na estética, no comportamento humano, no trabalho, na política, no lazer e até mesmo na religião. Como pensou Comte, o mundo cada vez mais passa a exigir explicações lógicas e precisas sobre tudo que envolve as relações sociais. A sociologia nasce com a missão de oferecer condições aos homens para entender a sociedade em que vivem de maneira racional e questionadora. Pensar sociologicamente é procurar conhecer o contexto global que envolve o ser humano em seu ambiente familiar, no trabalho, na escola, em hospitais, presídios, áreas de lazer ou onde quer que esteja. É procurar identificar as causas dos fenômenos sociais como a pobreza, a violência, o desemprego, a falta de condições de moradia, os conflitos étnicos e culturais nas cidades e nos campos. É por isso que a sociologia é uma ciência de vital importância para compreender as mais diversas situações que envolvem a humanidade.

O que é Darwinismo social?

O darwinismo social é um termo usado para designar as idéias da sociologia ligadas à teoria da evolução proposta por Charles Darwin, a qual propunha o fato de que as espécies se evoluíam, e as mais adaptáveis e fortes seriam quais sobreviveriam, as outras tenderiam a morrer e sumir.

O Darwinismo social  foi usado para tentar explicar a pobreza pós- revolução industrial, dizendo que os pobres eram inferiores, não tiveram a habilidade e, ou, capacidade necessária para se adaptar e evoluir de forma a se habituar com o no sistema, com a nova sociedade, que estava vindo.

          A divulgação dessas teorias serviu como base de sustentação para que as grandes potências capitlistas promovessem o neocolonialismo no espaço afro-asiático. Em suma, a ocupação desses lugares era colocada como uma benfeitoria, uma oportunidade de tirar aquelas sociedades de seu estado "primitivo". Por outro, observamos que o darwinismo social acabou inspirando os movimentos nacionalistas, que elaboravam toda uma justificativa capaz de conferir a superioridade de um povo ou nação.
Portanto, após analisadas e estudadas as informações acerca do assunto, é possível concluir que o Darwinismo Social divide a sociedade entre os capazes e adaptáveis aos inferiores e incapazes de adaptação, os fortes e os fracos.
Com isso, podemos concluir que as sociedades africanas e asiáticas nunca precisaram necessariamente dos valores e invenções oferecidas pelo mundo ocidental. Isso, claro, não significa dizer que o contato entre essas culturas fora desastroso ou marcado apenas por desdobramentos negativos. Entretanto, as imposições da Europa "superior" a esses povos "inferiores" acabaram trilhando uma série de graves problemas de ordem, política, social e econômica.